quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Enfim chega o começo.

Da série: uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida.

Escrevendo aqui aquilo que já deveria ter escrito.
Não é todo brasileiro que faz o seu presente trilhando seu futuro. Mas a vida é uma partida de xadrez. As vezes a gente não consegue prever uma jogada. As vezes é preciso sacrificar a torre para salvar a rainha. Outras vezes é preciso sacrificar o cavalo em uma jogada para por o rei adversário em cheque mate em três lances futuros. Assim foi minha trajetória ao longo de minha caminhada. Desistir de dois anos de arquitetura não foi fácil. Escolher engenharia elétrica não foi difícil, difícil foi concluir este curso.

Eu queria um curso que fosse mais relacionado com o que gosto de fazer profissionalmente. Gosto de estudar, gosto de desafios e gosto de ser Engenheiro. O que as pessoas não entendem é que todo o choro faz parte. Se tivéssemos a certeza que iríamos vencer, nem precisaríamos lutar. O que as pessoas não entendem é que gostar não significa querer o tempo todo. O que as pessoas não entendem foi minha necessidade de querer ter feito sempre o maior número de coisas. Os cinco anos de engenharia que tive foram curtos para o tanto de coisas que fiz. Completei os 225 créditos e ainda sobraram mais 3. E em paralelo foram dois anos de Iniciação Científica, um ano de Iniciação a Docência, um ano de estágio na Coelce, dois anos de centro acadêmico, dois anos sendo conselheiro do Centro de Tecnologia, dois anos sendo conselheiro do Departamento de Engenharia Elétrica, dois anos de participação nos CEBs, organização de cinco Sextas-Elétricas, participação na organização da II Semana de Tecnologia, organização do IV Encontro Nacional de Estudantes de Engenharia Elétrica, dentre outras atividades... Nesses cinco anos conheci Vitória, Bonito, Salvador, Belém, Recife, Brasília, Paulo Afonso e diversas cidades do Ceará... Fiz rapel, rafting, tirolesa, flutuação, quadriciclo, passeios de barco, escuna, catamarã, ambulância, biketaxi, bonde, metrô...

Claro que não saí sem cicatrizes desta maratona, constam em meu histórico três reprovações que não mais sairão. Reprovações essas que talvez tenha me impedido de ganhar alguma bolsa que eu gostaria de ter ganho, as vezes é melhor fingir acreditar que seja somente por causa disso que eu não ganhei. Mas depois de tudo isso, chegou a colação. Nenhum prêmio físico, nenhum troféu, nenhuma honraria. Nada mais além de apertos de mãos dando os congratulações. Talvés o único troféu que poderei guardar será um diploma que ainda nem chegou. Me formei no tempo previsto pelo MEC, não foi o melhor IRA, mas sem dúvida me sinto gratificado e com o sentimento que fiz o meu melhor para contribuir com o crescimento indissociável do ensino, pesquisa e extensão da Universidade Federal do Ceará.

Este último ano foi muito produtivo. Comecei o ano em viçosa do ceará. Saí do estágio, entrei em monitoria, consegui terminar seis cadeiras e o TCC em um único semestre... Sabe lá Deus como consegui... Chego a hoje a uma conclusão: não há limites, a corrida para a aprendizagem acaba de começar.

O troféu não será físico, mas se fará em laços inter pessoais. Minha família é meu alicerce. Fiz bons amigos. Ainda tenho o sentimento de amizade com aqueles amigos que conheci no colégio, mesmo de vez em quando me afastando, eles nunca deixarão de ser meus verdadeiros amigos.

Agora sim acredito que a amizade não depende nem do tempo e nem do espaço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário