sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A vida está la fora.

Conta-se que em um tempo muito distante, todas as pessoas eram felizes. Mesmo no período das trevas com uma Igreja repressora que queimavam pessoas, ainda existia um pouco de felicidade. Existia chapeuzinho vermelho e brancas de neve nos bosques medievais. Até que um certo dia apareceu um lobo mal, Thomas Alva Edison resolveu inventar a lâmpada elétrica. Depois apareceu a bruxa incorporada no corpo de Ambrose Fleming, que inventou o diodo, e pronto, estava concretizada a profecia do Apocalipse.

Desde então a engenharia passou a não ser só a vida mansa de engenharia civil. O fato é que a engenharia elétrica requer conhecimentos que vão além da sanidade e do intelecto de pessoas normais. Os que estão nessa área, não fumam nem usam drogas, mas possuem momentos pscicodélicos que nenhum LSD irá reproduzir. E digo mais, a ressaca é bruta. Bate aquele cansaço, aquele desestímulo, aquela vontade de largar tudo. Mas ao contrário dos que se drogam que falam que vão parar, os nerds eletricistas resolvem adentrar mais e mais nesse fundo de poço.

Há quem se orgulhe disso, mas tenho a convicção que isso não passa de um estímulo para que possamos permanecer nessa casa de caridade onde se hospedam e/ou tratam pessoas pobres ou doentes, sem retribuição. Não acredito que sejamos mais inteligentes, apenas temos uma parte do cérebro que usamos que ninguém usa. Mas o restante do cérebro não funciona direito, ou seja, no saldo líquido é todo mundo igual...

Em conversa com uma amigo da faculdade, analisou-se que, para viver nesse curso de Engenharia Elétrica, não se pode ter uma vida paralela. Problemas externos não podem existir. E se por algum acaso eles resolverem bater na nossa porta, temos que subverter todo e qualquer sentimento em motivação pra terminar um projeto que não acabou. Nunca se estudou o suficiente. SEMPRE vai existir alguém que estudou mais que você. E sempre vai existir alguém que não estudou e tirou nota maior que a sua... isso é fato. A matemática booleana pode dizer que não, mas treze pessoas podem ter signos distintos entre si, desde que um deles faça elétrica, este terá o signo do capeta, e está amaldiçoado a estudar matemática, física, química e por vezes até um pouco de direito e história...

No frigir dos ovos, tudo tende a piorar.. Sexta a noite, e eu em casa estudando (ou tentando estudar). Vou parar por aqui, que semana que vem tem prova.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Tudo bem, ninguém vai enteder...

No tempo perdido dentro da topic lotada ao longo de todos esses anos de faculdade foram improdutivos. Só não era tão perdido quando a topic tinha um cantinho apertado onde eu pudesse sentar pra ler alguma coisa da faculdade. Após o show da Fernanda Takai, uma sansei que quase nenhuma das pessoas da faculdade conhece, comprei seu livro. Agora andei lendo seu livro na topique. Quando mostro a alguém pela faculdade que estou lendo um livro autografado da Fernanda, perguntam-me quem é essa. Fernanda não é nenhuma Ivete ou Cláudia, é a simples fernanda. Sua literatura me estimulou a aproveitar esse tempo com algo cultural, tranquilo que me afastasse o pensamento do estresse estudantil pelo menos nos momentos de topic. E me estimulou a escrever. Não que eu possa me comparar com ela, mas é que lembrei no tempo que eu escrevia crónicas do meu cotidiano. Vai que algum dia alguém acha legal o que escrevo?
Tudo bem, ninguém vai entender... Antes eu vivia em um mundo normal. Pessoas Normais. Professores normais. Festas normais. A cara de cansado sempre tive. O meu fenótipo é esse mesmo, olhos baixos que me deixam com cara de cansado.
Vou voltar a escrever. Mas sobre o que escrever? É vou escrever para mim. Isso porque as pessoas na faculdade de engenharia não se interessam muito por leitura livre. Só leem pois tem prova semana que vem. A única pessoa que lia com frequência, foi-se embora pra passárgada. E o que é pior, as pessoas que não são de engenharia não se interessariam por uma rotina de um estudante de engenharia, ainda mais engenharia elétrica. É, vou voltar a escrever, e seja o que eu quiser.